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Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Bandeira do Terceiro Mundo.

Torre (Heide Liebermann, 1981) - acessar em realidade aumentada

Prancha "Universo" - Introdução ao Terceiro Mundo, 2011.

Apresentação dos Phi Books na Universidade de Copenhagem.

David Hall, A Situation Envisaged: The Rite II (Cultural Eclipse), 1988-90. Simulação VR apresentada no festival NEoN, Dundee, 2017. Desenvolvimento de Rhoda Ellis, curadoria de Adam Lockhart (© Adam Lockhart).

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Documentação da simulação VR apresentada na conferência Besides the Screen, Kings College, Londres, 2018. Modelagem de Sang Hun Yu, curadoria de Adam Lockhart (© Adam Lockhart).

"PROCESSO HISTÓRICO" + "MITOS DE ORIGEM"+ "O FUTURO"

Mapa da ilha sul-sudoeste do Terceiro Mundo, 2011.

Rigor Mortis - Nessa exposição, o museu é transformado numa espécie de cenário de filme de horror, onde o sentimento da realidade se deforma: a lógica falha, o corpo é estraçalhado, objetos inertes são animados, vida e morte, sonho e realidade se confundem. Realização e pesquisa de áudio: Renato Pera. Arte 3D: Caio Fazolin. Colaboração: Jye O'Sullivan e Marcos Pavão.

Envensão nova urso con cachorro (Elpídio Malaquias, esmalte sintético sobre aglomerado, 1992) - acessar em realidade aumentada

Na sua Introdução ao Terceiro Mundo, a artista Marilá Dardot retoma uma tradição poética que reivindica o próprio museu como o seu meio expressivo. A instalação literalmente vira os dispositivos museográficos do avesso, convidando o público a passear por trás de paredes autoportantes, convertendo caixas de armazenamento em vitrines e tratando aquilo que seria contingente como parte constitutiva daquilo que é contido.

Valendo-se dessas estruturas e códigos de exibição institucionalizados, Introdução ao Terceiro Mundo enquadra a obra de outros artistas contemporâneos como pistas sobre a realidade de um arquipélago fictício, vizinho da Nova Atlântida, que existe num permanente estado de redescoberta.

Essa apropriação absurda do modus operandi dos museus de ciência e história natural como forma narrativa sublinha a participação desses equipamentos – imperiais por excelência – no projeto de racionalização de mundos que eles não são inteiramente capazes de compreender. Ao mesmo tempo, ela recupera o processo de classificação com um gesto criador que pode produzir afinidades e traficar sentidos.

No lugar de esvaziar a taxonomia de seu poder, a Introdução ao Terceiro Mundo o orienta rumo à fabulação. O princípio ordenador do museu, comumente empregado em prol da hierarquização de conhecimentos e da segregação disciplinar, é aplicado para renovar esse conceito geopolítico datado como um território fantástico, digno de enciclopédias borgeanas.

Introdução ao Terceiro Mundo

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