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Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Reunião/oficina com moradores e apoiadores para a criação do Museu das Remoções (© Luiz Claudio Silva / acervo Museu das Remoções).

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Comparação entre a instalação física (aqui apresentada no Museu de Arte Moderna de Viena, em 2010) e sua simulação em realidade virtual. Modelagem de Sang Hun Yu (© Espólio de David Hall/Universidade of Dundee).

DiMoDA 2.0 - RISD Museum, 2017. Obras de Miyö Van Stenis (War Room), Rosa Menkman (DCT Syphoning The 64th Interval) e Theo Triantafyllidis (Self Portrait (Interior)) (© RISD Museum).

Cacau (Nice N. Avanza, óleo sobre tela, 1988) - acessar em realidade aumentada

sem título (Levino Fanzeres, óleo sobre aglomerado, sem data) - acessar em realidade aumentada

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Documentação da simulação VR apresentada na conferência Besides the Screen, Kings College, Londres, 2018. Modelagem de Sang Hun Yu, curadoria de Adam Lockhart (© Adam Lockhart).

Centro Cultural Banco do Brasil - Rio de Janeiro, 2011.

Exposição Dja Guata Porã, Museu de Arte do Rio, 2017-8.

O Museu das Remoções foi criado a partir da luta dos moradores da Vila Autódromo, antiga comunidade de pescadores na zona oeste do Rio de Janeiro, contra a onda de despejos realizada pelo governo municipal de 2009 até o primeiro semestre de 2016 para a construção de complexos esportivos para as Olimpíadas.

Além de preservar partes dessa história de despossessão que seriam apagadas pela narrativa hegemônica dos megaeventos, o Museu também demarca um espaço de resistência contra a violência contínua do desenvolvimento urbano. Nesse sentido, ele demonstra como uma instituição pode articular formas de ação política tanto no seu acervo quanto com a sua presença.

Como um projeto de museologia social, construído a partir da colaboração entre membros da comunidade, estudantes e profissionais de diversas áreas, o Museu nos convida a reconhecer a autoridade do público sobre a constituição do seu próprio patrimônio.

Trata-se de um museu vivo, cujo acervo compreende não apenas documentos e vestígios materiais, como também a voz, a memória e a rotina dos moradores. Essa configuração se expressa mesmo em sua forma física, que não pode ser resumida a um único edifício. O Museu das Remoções se espalha a céu aberto, pelo território geográfico, imaginário e midiático da Vila Autódromo, de tal modo que é difícil discernir a separação entre instituição e comunidade.

As ruas da Vila são demarcadas por um percurso de memória que, por ocasião da pandemia global, foi transformado numa série de vídeos, disponível no Instagram e no YouTube.

Museu das remoções

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