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Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Prancha "Universo" - Introdução ao Terceiro Mundo, 2011.

VR como uma ferramenta para a preservação e simulação de instalações de mídiaarte (apresentado durante a conferência ISEA 2020).

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Planos originais da instalação (© Espólio de David Hall/Universidade de Dundee).

Antagonicamente aos objetos recolhidos dos entulhos da Providência, os achados arqueológicos que um século antes ali haviam sido jogados na condição de restos agora performavam singularidade, esbanjando a força de quem, como gesto de insubmissão à gravidade e ao esquecimento, havia retornado à superfície.

Mapeamento fotogramétrico das ânforas romanas na sala de Cultura Mediterrânea do Museu Nacional, após o incêndio. As fotos foram obtidas por drone porque o chão estava coberto por fragmentos de artefatos da coleção, tornando impossível o acesso.

Exposição Dja Guata Porã, Museu de Arte do Rio, 2017-8.

DiMoDA 3.0, 2018. Obra de Paul Hertz (Fools Paradise).

Plantas-baixas domésticas, Phi Books (© Antonopoulou & Dare).

Protesto contra despejos e demolições na Vila Autódromo (© Luiz Claudio Silva / acervo Museu das Remoções).

Dja guata porã é uma expressão que na língua Guarani significa “caminhar bem” e “caminhar junto”. Também é o título de uma exposição que ocorreu no Museu de Arte do Rio entre Maio de 2017 e Março de 2018.

Voltada para a presença dos povos indígenas no estado, a exposição deu continuidade ao projeto do Museu de dar a ver a história e cultura do Rio de Janeiro a partir de uma abordagem múltipla e contemporânea. Mas, para além disso, ela buscou tensionar e expandir o lugar a partir do qual o Museu constrói essa visão.

A exposição foi concebida com base em uma série de visitas e encontros abertos, no intuito de estabelecer diálogos com os públicos e envolver a participação de representantes das aldeias e grupos indígenas locais – entre os quais Guarani, Pataxó e Puri, além da comunidade multiétnica da Aldeia Maracanã– na construção de suas próprias narrativas.

Alinhado à missão da nova museologia, esse processo de curadoria coletiva demonstra como os esforços para descolonizar o museu devem ir além do enfrentamento de construções estereotipadas do outro e de sua cultura. Também é preciso abrir os expedientes institucionais ao conflito e à alteridade, modificando dessa forma as próprias estruturas do trabalho museológico.

Dja Guata Porã aparece aqui na perspectiva de outros projetos que contaram com a condução da curadora Clarissa Diniz, jogando com a permeabilidade de coleções institucionais e com o tipo de histórias e sujeitos que elas pretendem produzir.

Dja Guata Porã

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