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Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Rigor Mortis - Nessa exposição, o museu é transformado numa espécie de cenário de filme de horror, onde o sentimento da realidade se deforma: a lógica falha, o corpo é estraçalhado, objetos inertes são animados, vida e morte, sonho e realidade se confundem. Realização e pesquisa de áudio: Renato Pera. Arte 3D: Caio Fazolin. Colaboração: Jye O'Sullivan e Marcos Pavão.

As percepções do real nos museus correm o risco de criar uma realidade de discursos fragmentados que, se retirados do seu contexto original, não permitem perceber uma outra realidade, diversa em sua totalidade, construindo uma imagem distorcida do “outro”.

© The Kremer Museum

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Documentação da simulação VR apresentada na conferência Besides the Screen, Kings College, Londres, 2018. Modelagem de Sang Hun Yu, curadoria de Adam Lockhart (© Adam Lockhart).

Construção de escultura a partir de ruínas de demolições na Vila Autódromo (© Luiz Claudio Silva / acervo Museu das Remoções).

DiMoDA 3.0, 2018. Obra de Paul Hertz (Fools Paradise).

O Digital Museum of Digital Art é um museu dedicado à promoção da realidade virtual como uma infraestrutura expositiva e um meio artístico. Ele foi concebido em 2013 pelos artistas Alfredo Salazar-Caro e William Robertson, egressos da cena de dirty new media da cidade de Chicago.

Como uma instituição nascida no seio dessa comunidade criativa, o DiMoDA atua muito próximo a suas redes, buscando envolver novos participantes por meio do comissionamento de trabalhos inéditos. Ao mesmo tempo, o museu faz valer o seu próprio caráter como projeto artístico para operar de maneira fluida e estabelecer parcerias estratégicas.

Assim como as obras que exibe, o DiMoDA existe primariamente como uma simulação computacional. O seu edifício fabuloso, inspirado em parte pelo uso do game engine Unity 3D para performances audiovisuais, não seria possível de outro modo. Trata-se de uma arquitetura que faz pleno uso da virtualidade na fabricação do espaço – uma arquitetura feita não apenas para conter obras, como também para propiciar extravagância sensorial.

Desde a sua primeira exposição, organizada em 2015 com a galeria novaiorquina Transfer, o DiMoDA já passou por quatro versões distintas. Cada uma delas apresenta a sua própria seleção de trabalhos e acontece de maneira independente, como um aplicativo a ser baixado ou apresentado na forma de instalação.

Mesmo em suas eventuais apresentações “na vida real”, o DiMoDA não se exime da própria condição tecnológica, abraçando a estética de LEDs policromáticos característica dos PCs domésticos compatíveis com sistemas de realidade virtual, voltados quase que exclusivamente para o mercado gamer.

DiMoDA

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