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Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Museu Sem Paredes

Rigor Mortis - Nessa exposição, o museu é transformado numa espécie de cenário de filme de horror, onde o sentimento da realidade se deforma: a lógica falha, o corpo é estraçalhado, objetos inertes são animados, vida e morte, sonho e realidade se confundem. Realização e pesquisa de áudio: Renato Pera. Arte 3D: Caio Fazolin. Colaboração: Jye O'Sullivan e Marcos Pavão.

The Space Expanding Room: AFAAB in VR - O Ant Farm Antioch Art Building virtual é um espaço digital construído a partir de material de arquivo de 1971. O espaço foi criado para que os visitantes possam se encontrar, bater papo, grafitar, participar de eventos e fazer arte, assim como os alunos que um dia frequentaram o espaço real, antes de ser abandonado em 2008. Realização: AFAAB. Conceptualização, curadoria e direção: Catalina Alvarez e Liz Flyntz. Construção e design: Ty Clapsaddle.

DiMoDA 3.0, 2018. Obra de Paul Hertz (Fools Paradise).

David Hall, TV Interruptions: The Installation, 1971. Simulação em realidade virtual apresentada na conferência Besides the Screen, Kings College, Londres, 2018. Modelagem de Sang Hun Yu, curadoria de Adam Lockhart (© Adam Lockhart).

sem título (Levino Fanzeres, óleo sobre aglomerado, sem data) - acessar em realidade aumentada

sem título (Nair Vervloet, óleo sobre tela, 1952) - acessar em realidade aumentada

© The Kremer Museum

VR como uma ferramenta para a preservação e simulação de instalações de mídiaarte (apresentado durante a conferência ISEA 2020).

Na sua Introdução ao Terceiro Mundo, a artista Marilá Dardot retoma uma tradição poética que reivindica o próprio museu como o seu meio expressivo. A instalação literalmente vira os dispositivos museográficos do avesso, convidando o público a passear por trás de paredes autoportantes, convertendo caixas de armazenamento em vitrines e tratando aquilo que seria contingente como parte constitutiva daquilo que é contido.

Valendo-se dessas estruturas e códigos de exibição institucionalizados, Introdução ao Terceiro Mundo enquadra a obra de outros artistas contemporâneos como pistas sobre a realidade de um arquipélago fictício, vizinho da Nova Atlântida, que existe num permanente estado de redescoberta.

Essa apropriação absurda do modus operandi dos museus de ciência e história natural como forma narrativa sublinha a participação desses equipamentos – imperiais por excelência – no projeto de racionalização de mundos que eles não são inteiramente capazes de compreender. Ao mesmo tempo, ela recupera o processo de classificação com um gesto criador que pode produzir afinidades e traficar sentidos.

No lugar de esvaziar a taxonomia de seu poder, a Introdução ao Terceiro Mundo o orienta rumo à fabulação. O princípio ordenador do museu, comumente empregado em prol da hierarquização de conhecimentos e da segregação disciplinar, é aplicado para renovar esse conceito geopolítico datado como um território fantástico, digno de enciclopédias borgeanas.

Introdução ao Terceiro Mundo

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